domingo, maio 31, 2009

A crise e o varejo norte-americano

O varejo norte-americano ainda tem sofrido bastante nesses quatro primeiros meses do ano. Comparando os resultados de 2009 com os 4 primeiros meses de 2008, o varejo teve queda total de 10%. Seguem alguns destaques:

(:( O setor de veículos teve queda de 25%! A coisa realmente anda feia por lá quando se trata de automóveis: a venda dos postos de gasolina caiu espantosos 34,6%!

(:) O setor de saúde e cuidados pessoais teve aumento de 2,8%. Em tempos de crise, como aqui no Brasil, permanecem as pequenas indulgências. Nessa onda seguem os setores de alimentação fora do domicílio e bares, estes com crescimento de 1,7%.

(:( Ramos do varejo relacionados com cuidados com a casa também andam penando. Material de construção e jardinagem teve queda de 11,2% e móveis 14,3%. Em tempos de crise não é hora de gastar com isso.

(:) As lojas mais despojadas, as general store, que incluem os supercenters e os clubes de compra, cresceram 0,5%. Na verdade esse resultado é melhor, visto que o Bureau do Censo nos Estados Unidos inclui nessa categoria as lojas de departamento. Essas últimas sim sofreram queda de 6,7%. Já o Wal-Mart, um grande varejista pertencente à categoria general store, apontou crescimento de 3,8% nos três primeiros meses do ano. Parece que o norte-americano está fortemente focado na compra do básico, conforme o presidente do Wal-Mart informou em janeiro, no encontro da NRF.

Veja mais detalhes no quadro a seguir. Bom proveito.

Fonte: http://www.census.gov

Um comentário:

Unknown disse...

Professor,
em um momento como esse, não seria melhor comparar a evolução das vendas nestes setores desde o estopim da crise? Acredito, com base em leitura de diversas reportagens, que alguns setores desde setembro, outubro de 2008 já tem mostrado uma boa recuperação, acima das expectativas,não? É lógico que com a crise, se você comparar o início deste ano com o início de 2008 haverá uma grande diferença, mas acredito que o mais importante para se analisar hoje é como se dá a recuperação e não qual foi o tamanho da queda.

Abraços,

Diego